segunda-feira, 28 de abril de 2014

"Admiro a mais bela das flores e seus odores,
Mas quando criança agregava outros valores.
Uma vida - mil amores. Na real, viver é se empolgar.
Particularmente, me encontro na queda.

Te vejo na subida, na morte súbita da vida,
Daqui meu coração não desapega.
O meu espelho? O profeta mais romântico das eras.
Quem dá a vida à nova aurora pro amor nascer em dobro.

Nesses tempos de desertos. (Busque o oásis de lucidez.)

Necessito da caneta e papel.
Nada mais pra viver, só te ver bem me faz ser tudo.
O que devo saber, o que devo ser como pessoa.
Nem preciso, preciso me reeducar à partir daqui.

Deixei pra trás barreiras que passei e caí,
Me demoli por aqui, preciso de mim pra me reconstruir.
Mas sem ninguém é sem sentido,
Vivo por anônimos que nem conheço e agradeço ao estarem vivos.

Me sinto um risco no contato. Um sorriso me afronta,
Exito sentimentos, desapego me desmonta.
Muita pureza entorta tudo, nem todos são puro o bastante...

Vida amargurada, vivendo outro trecho
Escrito pelo medo e a falta de ação.
Somos frutos da insegurança,
Devo tudo sem ter nada. Nem o perdão resume a conta.

Na verdade, te dou conselho pra viver,
Não largue a mão de quem largaria tudo por você.
Encontre mil razões para viver, ou sobreviver,
Nesses tempos de desertos."

Sintese - Tempos de Desertos.

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